domingo, 15 de janeiro de 2012

Carnavalesco precisa ver a lua


Ouvi ontem esta história e acho que vale contá-la. Boa parte das pessoas talvez a considere apenas folclórica e certamente divertida. Acho, porém, que ela revela a profundidade dos sentimentos de um dos ícones mais importantes da História negra de Novo Hamburgo, Sebastião Flores, o eterno presidente da Escola de Samba Protegidos da Princesa Isabel, que nos deixou no ano passado, mas continua entre nós.

O fato ocorreu há alguns anos. Sempre bem relacionado com os poderes públicos, Sebastião conseguiu que a Prefeitura construísse uma cobertura para a quadra, a mesma que hoje nos abriga nos ensaios em dias de chuva. O então secretário de Obras propôs uma estrutura que cobrisse toda a quadra, mas Sebastião recusou. Queria só uma parte. O secretário não conseguia entender...

Sebastião explicou:

- Em dias de chuva, um pouco de cobertura resolve o problema... Mas em noites abertas, o povo precisa ver as estrelas e a lua...

2 comentários:

  1. Ola
    Sou historiador, gostaria de dizer que seus textos sao muito questionadores!
    Eu estou montando meu projeto de mono, sou estudante da UNISc, mas natural de Dois Irmaos.
    gostaria de pedir se tens documentos sobre presença dos negros "abrindo caminhos" para colonizaçao das cidades de Dois Irmaos, Morro Reuter, Picada Café! Se tiverdes alguma dica, agradeço!
    Francisco Arnold,
    franz.onelt@gmail.com

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    1. Olá, Francisco

      Obrigada pelo comentário. Quanto a sua pergunta, infelizmente não tenho documentos sobre este assunto. Algumas reflexões sobre a presença do negro no Vale do Sinos, porém, você pode encontrar no meu artigo sobre o negro gaúcho, neste blog. Neste artigo há um comentário interessante, sobre a possibilidade de o morro Ferrabraz ter sido ocupado por negros, antes do episódio os Muckers.

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