segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

10 PARA A IMPERATRIZ LEOPOLDENSE

Visitei, ontem (dia 13/02), a quadra da Imperatriz Leopoldense e fiquei muito feliz com o que vi. Cheguei por volta das 17h30. A festa tinha começado antes do meio-dia, mas a quadra ainda estava cheia de gente, com o Césinha cantando no palco. Recepcionados com muito carinho, logo nos sentimos em casa e começaram as boas surpresas.

Primeira: foi apresentada a fantasia da ala dos convidados, com uma bela explicação de seu significado, de como estava inserida no tema. Nunca tinha visto tanta preocupação em explicar o tema e o significado de cada fantasia para os integrantes da escola. Isto sim é valorizar a comunidade. Mostra que a direção da Escola acredita no seu povo, na sua capacidade de compreender e na sua evolução.

Segunda: depois do samba do Césinha, o palco foi aberto para pessoas da comunidade mostrarem sua arte. Vimos uma excelente banda de Gospel, liderada por um pagodeiro convertido. Isto mesmo: uma escola de samba abre espaço para os evangélicos mostrarem seu trabalho. Em seguida, uma dupla de rap. Fiquei sabendo que todas as manifestações culturais da comunidade tem espaço nesta Escola. Sertanejos, gaúchos, todos são bem-vindos. A dupla de rap, aliás, falou sobre a cultura gaúcha num dos números que apresentou.

Um exemplo de diversidade. Nota 10 para a Imperatriz, em integração com a comunidade!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

MODA COM AS NOSSAS CORES

Tenho pensado muito que a moda é um dos campos em que nossa cultura, afro-brasileira, melhor consegue se expressar. Para pensarmos juntos sobre esta possibilidade reuni uma série de imagens bonitas e inspiradoras. Vejam quanta beleza.




domingo, 6 de fevereiro de 2011

MÃE MARIA














Velha guerreira, desde a idade de 11 anos, Maria Cardoso começou a desenvolver-se na Umbanda. Sua vida é um bonito exemplo de como a convivência na diversidade é possível e construtiva. Durante muitos anos trabalhou na comunidade evangélica luterana do bairro Santo Afonso e gosta de contar que nunca precisou (nem quis) ocultar sua atividade como mãe de santo. O segredo, ensina com sabedoria, é respeitar o pensamento dos outros: “nunca escondi minha crença, mas também não fico falando sobre ela a toda hora e para todas as pessoas. Fico na minha, mas se alguém quiser meu ouvir, falo sobre o que sei e o que penso, sem problema algum”. E ela sabe muito, por uma longa experiência de vida, mas também por dedicação. Ela gosta de estudar a cultura afro-brasileira e investigar histórias. Em sua terreira, na rua Assunción, convivem pessoas de todas as etnias. “A gente luta para sermos aceitos como negros, mas também é importante aceitar e valorizar os outros”. E aproveita para lembrar de outra etnia: os índios. “Os índios são muito importantes na Umbanda”, lembra, e também precisam ser reconhecidos.