domingo, 6 de fevereiro de 2011

MÃE MARIA














Velha guerreira, desde a idade de 11 anos, Maria Cardoso começou a desenvolver-se na Umbanda. Sua vida é um bonito exemplo de como a convivência na diversidade é possível e construtiva. Durante muitos anos trabalhou na comunidade evangélica luterana do bairro Santo Afonso e gosta de contar que nunca precisou (nem quis) ocultar sua atividade como mãe de santo. O segredo, ensina com sabedoria, é respeitar o pensamento dos outros: “nunca escondi minha crença, mas também não fico falando sobre ela a toda hora e para todas as pessoas. Fico na minha, mas se alguém quiser meu ouvir, falo sobre o que sei e o que penso, sem problema algum”. E ela sabe muito, por uma longa experiência de vida, mas também por dedicação. Ela gosta de estudar a cultura afro-brasileira e investigar histórias. Em sua terreira, na rua Assunción, convivem pessoas de todas as etnias. “A gente luta para sermos aceitos como negros, mas também é importante aceitar e valorizar os outros”. E aproveita para lembrar de outra etnia: os índios. “Os índios são muito importantes na Umbanda”, lembra, e também precisam ser reconhecidos.

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